sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Discurso de posse*

Acreditar que o acúmulo de riquezas e a obtenção de poder justificam as Guerras Mundiais é estar, no mínimo, alienado. Decerto, quem faz de um "Shopping Center", um templo; de um carro importado, um sonho; da moda, uma regra, e da vida, uma aparência e, assim, defende a ganância e a competitividade como "padrões de vida", certamente desconhece o verdadeiro valor dos bons sentimentos, das amizades e, sobretudo, da satisfação pessoal. Afinal, diante de tantos problemas mundiais, qual a Grande Guerra que o homem deve combater?
A competitividade e a ganância dos homens têm, por certo, tornado-os mais individualistas, solitários e violentos em uma sociedade que tanto precisa de cada um exercitando a solidariedade, a cidadania e o voluntariado para o combate de problemas sociais, como a fome, a exclusão, o preconceito, a intolerência e a criminalidade. O acúmulo de dinheiro, nesse ponto, parece ter-se tornado mais importante que o exercício da virtude. Não é por acaso que, no Brasil, casos ganciosos de corrupção os quais tanto prejudicam os investimentos sociais essenciais sejam vergonhosamente tão frequentes: os valores morais e a ética estão, de fato, deturpados, e o homem (nesse tempo de homens "partidos"), além de alienado com produtos supérfluos "ultramodernos", tem estado, cada vez mais, solitário e taciturno. Entretanto, não é hora de o homem "cruzar os braços"; agora é tempo de coragem, de enfrentamentos dos problemas: é o momento de vencer as grandes guerras que se apresentam a todos: a guerra contra a miopia daquele que não quer enxergar a realidade, contra a ignorância daquele que não quer aprender os direitos e deveres sociais e, principalmente, é o momento de vencer a guerra contra a surdez de quem não consegue escutar os gritos por "liberdade, igualdade e fraternidade" dos seres que ainda sonham com um mundo mais justo.
Pobre Humanidade: sob esse ângulo, será inútil as pessoas procurarem combater em suas sociedades somente a miséria, o desemprego, o analfabetismo, o terrorismo, a discriminação e a violência urbana (fatores atuais que, de fato, muito agridem a paz de cada um diariamente). Ora, diante de um mundo de pessoas interesseiras e materialistas, é fundamental lutar também contra os mesquinhos sentimentos humanos de egoísmo, intolerância, desprezo e ódio que, não raro, comprometem a dignidade de todos os seres.
Um mundo justo (e, principalmente, pacífico) é alcançado pelas pessoas com o engajamento social delas quando elas buscam a própria dignidade a partir da manutenção de atos de paz e de sentimentos afins nas sociedades. Essa é a verdadeira Grande Guerra que deve, então, ser organizada pelos homens defensores do sonho (e da realidade) de um mundo mais justo, igualitário e pacífico. Afinal, o homem deve sempre lutar pela vida digna a fim de garantir a caminhada "de mãos dadas" com o próximo, o companheirismo e a felicidade a todas as pessoas. Por conseguinte, a partir dos bons sentimentos, a Humanidade se construirá, enfim (e felizmente), sob alicerces de paz e justiça social!
Logo, para se conseguir viver no século XXI em um mundo sem conflitos, urge a necessidade de o homem tornar-se mais comprometido com o exercício de sua cidadania, além de ficar mais unido a seu próximo sob laços de solidariedade e compaixão (e, por que não, de amor?).


*Logicamente que esse texto foi publicado com a intenção de expor o que eu diria se um dia eu me tornasse a presidente do País ou a Miss Universo!!
Ah, e logicamente que eu ganharia as duas categorias, né? (hehehehe) =]

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

E com vocês: Marcelo.


      Bom, chegou minha vez de falar alguma coisa aqui já que as meninas já se apresentaram. Assim como Gabi, minha principal meta aqui é me descobrir e ser descoberto. O Marcelo que tem 20 anos, 1.84m, calça 44 e tá sempre com cara de sono (e também com sono) é conhecido por qualquer um que ao menos olhe para ele. O Marcelo que ama cinema, literatura, música, arte, que bola de pseudo-intelectual, chorou vendo “O Rei Leão” quando era pequeno e é fã de Muse, Strokes, Teatro Mágico, Nação Zumbi e outros é conhecido por qualquer um que troque algumas palavras com ele e crie aquele diálogo-para-conhecer-novas-pessoas (do que você gosta? o que você ouve? quais são seus hobbys? quais seus filmes preferidos?). Acontece que existem diversos outros Marcelos, como, por exemplo, o Marcelo-filho e o Marcelo-amigo. Alguns, no entanto, nem EU mesmo conheço, e vou me utilizar desse blog para tentar conhecê-los.
     E aí você me pergunta, “e como você pretende fazer isso?”. Bom, se tem uma coisa que eu aprendi recentemente, e que já tem me sido EXTREMAMENTE útil é escrever as coisas que eu penso e que eu vivo. Não como uma espécie de diário, não. Mas em uma espécie de crônica, ou, apenas, narrando os fatos e fazendo uma análise dos mesmos enquanto são narrados.
     Então, resumindo, o que vocês podem esperar desse blog? Como já discutimos entre nós (Gabi, Cella e eu), a resposta seria de tudo. Então, esperem por crônicas, poemas, epifanias, recomendações de livros, filmes e música dentre tantas outras coisas. Esperamos, de verdade, que compartilhando aquilo que vivemos e sabemos, possamos crescer e nos conhecer melhor.


Frase de hoje: "... se lembrar de celebrar muito mais!" 


*Marcelo tem 20 anos, 1.84m de altura, calça 44 e possui cabelos e olhos castanhos escuros.

Anatomia e Oportunidade

Engraçado como um dia desses uma aula de anatomia me fez pensar.Estávamos lá eu, meus 70 companheiros de turma, professores e alguns cadáveres.Olhei para aquelas pessoas e, por um momento, tentei imagina-las vivas no exercício de suas vidas.Elas também tiveram pai, mãe, talvez filhos, netos, irmãos e , no fim, estavam lá; como objetos de estudo.Objetos sim!Não para todos dali, mas havia, inclusive, aqueles que encaravam as "peças anatômicas" como brinquedinhos e até mesmo piadinhas vez ou outra escapavam.Bom, o fato é que pensei: aqueles corpos , hoje frios, eram de indigentes, pessoas sem identidade esquecidas ali pelo curso que suas vidas tomou ou que tomaram por eles. Acontece que eles eram alguém!Talvez tenham até se apaixonado por exemplo.E sabe o que é mais inquietante?!Eles eram anatomicamente perfeitos, assim como todos dali.Atrás das roupas, da pele e ignorando a forma externa, somos todos iguais.Temos os mesmos músculos, nos mesmos lugares com as mesmas artérias, veias e nervos, percorrendo em geral caminhos também iguais.No fim, aquele indigente era I-GUAL-ZINHO a mim, o que nos diferenciou foi, talvez, a oportunidade. Olha só isso, o poder que essa palavra tem.Ela me separou e me juntou àquele que era, agora, retalhos, um quebra cabeças (ou quebra-cabeças...sei lá) humano.Oportunidade é a palavra chave!Vez ou outra até surge aquele cara que é o cara e que mesmo sem boas oportunidades vira aluno e não "peça" de anatomia.Mas esse é só uma exceção.
Aquela aula fez , pra mim, toda diferença.Foi ali que eu passei a ver a beleza (até poética) que existe na anatomia.Olhar por trás das curvas, pele e principalmente do que é agregável, descartável.Enxergar o outro como um complexo de oportunidades e algumas particularidades genéricas e culturais; de resto, somos todos iguais; eu, você e aquele indigente.

domingo, 21 de novembro de 2010

DESCOBERTAS.


Dolly Partron, uma pessoa que confesso desconhecer quase completamente, (não fosse a minha curiosidade instantânea de pesquisar no Wikipédia
e descobrir ser "uma cantora americana de música country" antes de postar este texto) (tá bom, tá bom, ainda posso considerar que a desconheço completamente), tem uma frase que certo dia se destacou aos meus olhos e, desde então, ficou anotada em uma agenda minha (ou melhor, em minha mente):

"Descubra quem você é...e seja de propósito."

Pretendo começar essa minha "campanha" de blogueira compartilhando essa ideia logo na primeira oportunidade. Afinal, quero me descobrir mais por aqui. E farei isso, com certeza, de propósito!! Resolvi, então, adaptar para mim essa frase original a partir de todas as minhas percepções mais "românicas" (e egoístas, observe bem):

"Descubra quem eu sou...e goste de mim de propósito."

Logicamente, provavelmente, inevitavelmente vários adjetivos devem estar em sua mente agora sobre quem por acaso eu penso que sou para "falar assim", não é? Eu vou tentar descobrir. Depois você me diz o que "descobriu" sobre mim ( ou talvez seja melhor você não me dizer, não é?). A bem da verdade, falando mais transparente e utopicamente, o meu principal objetivo é gostar de quem você é e nos descobrir, de propósito.

O desafio está, portanto, "descoberto".


21/11/2010.