A ousadia do dia doze...
Antes que eu comece meus devaneios acerca da temática midiática da semana, deixo-os sobreaviso: não pretendo abrir meu coração, nem muito menos, fechar o de ninguém. Embora eu confesse que eu sei bem que a cronologia das estações deixa qualquer cristão, no mínimo por um único segundo, absurdamente reflexivo acerca do dia dos namorados [seja por ter a certeza de que "antes só do que mal acompanhado" ou para ter a confirmação poética de que "é impossível ser feliz sozinho"], não me atrevi a falar muito de mim. Garanto, porém, que não há muito a ser falado, apenas preservado. Mas, enfim...
É, está chegando o dia dos namorados, e o que mais tenho visto nesses últimos dias nas ruas e nas redes sociais vai de um extremo a outro: desde absurdas declarações amorosas de quem não tem nem vergonha do ridículo e nem da inveja alheia, assim como frases escancaradas de solteirice voluntária daqueles que se dizem autosuficientes nas dosagens de amor. Presenciei um belo e inusitado pedido de casamento e escutei afirmações de que "é melhor passar o dia dos namorados sozinho do que o carnaval namorando". O que tem predominado? Não sei. Não medi a quilometragem e a dosagem das palavras proferidas e, particularmente, me acho muito suspeita para falar do que tem sido mais realístico... em matéira de amor, eu prefiro, literalmente, não escrever o que eu penso e, muito menos, o que eu sinto. Minhas emoções são inefáveis!! Já disse, o foco do que escrevo agora vai para além de mim e volta-se, portanto, a você. Se a carapuça servir, lógico! Dia 12 está aí, prestes a amanhecer!
Então, por isso, eu resolvi vim aqui dar um aviso antigo aos desavisados mais desatentos: desde os solteiros solitários aos amantes mais amados: o mundo, meus queridos, sofre por amor! É bastante paradoxal, mas é! E sofre muito, acreditem! Há quem culpe a banalização do sentimento procurado [há quem ame a todos os próximos] e, mais um forte paradoxo: há quem culpe mais ainda a falta de se encontrar o sentimento durante a procura. [Neste caso, quem procura, não acha.] É complicado, bastante complicado. Podem até reler essas minhas últimas frases... a ideia é estar confuso mesmo!!! Não consigo falar sobre o amor sendo objetivamente subjetiva e direta. Me perdoem.
Repito: o dia 12 está aí, prestes a amanhecer. E enquanto a maioria programa o seu anoitecer, como uma forma de provar a intensidade de suas emoções, me permitam lembrá-los de que o sentimento não se mede pelo número de parcelas de um presente no cartão de crédito. O amor não é caro. E não precisa ser... Ele nem sequer precisa ter uma cobrança acerca da eternidade! O prazo de validade dos relacionamentos pode apenas permanecer validado enquanto se imagina que o conjuge não tenha motivos reais para sair cantando empolgadíssimo por aí "eu tou solteiro e tou feliz". É, o importante é fazer o bem ao seu bem, diariamente. Baseando-me na continuação desse refrão: "tou sorrindo à toa", acho que cabe bem aqui uma dica minha pessoal [e universal] válida às conquistas sinceras, uma dica que tem uma dose de rima e necessidade: uma dosagem de humor no amor é essencial.
O riso pode ser leigamente considerado o ápice do nível de serotonina dos apaixonáveis: não pode, não? Em outras palavras, um sorriso é sempre encantador. Encantador... uma análise quase minuciosa da morfologia dessa palavra nos leva a ídeia do impacto que eu quero dela: um sorriso encanta a dor... que ousadia! Ah, a ousadia... Para todos, fica a dica. Lembrem-se que mesmo que não estejamos apaixonados, devemos ser sempre apaixonáveis. Resgatem sempre essa ousadia promovida pela mídia do dia 12, ainda vejo aí um lado positivo clichê não consumista: o amor é, ao mesmo tempo, gratuito e gratificante, desde que seja amor. É, pessoal, o dia doze está aí por vir, e não precisamos nos entristecer pelo status de relacionamente nosso não nos indicar nenhum matrimônio previsto e nem pensarmos em nos alugarmos de verdade em "campanhas facebookianas"... A pessoa certa não tem certificado. E é bom que não o tenha. Deixemos que esse mistério sobre as certezas nos deixe estar constantemente questionando tanto a desilusão que nos reprime como a "a fé que nos faz otimistas demais".
Eita, eu já tou aqui, citando, por fim, Roberto Carlos e o dia 12 está aí, ainda por vir...
Encha-se até [e depois de] lá com amor e vinho...e deixe a ousadia dessas doses do dia doze para mim, no caminho.
*o texto escrito não reflete, em sua totalidade, a realidade da minha opinião pessoal acerca do assunto abordado.
**Afinal, meu nome é Gabriela Calado Silva e eu sou ousadamente muito romântica demais.
E fala tao dificil demais tb né gabi? Esse texto tinha QUE SER TEU. Se não, não seria
ResponderExcluiraahuauhauha dei uma de tu agora.
Arrasou, Gabith!! Como sempre né?!
ResponderExcluirA única parte q nÃO me deixou confusa foi justamente o trecho tu disse: "Podem até reler essas minhas últimas frases... a ideia é estar confuso mesmo"
ResponderExcluirhahaha...brincadeira!
Adorei o texto! Na verdade gosto da tua habilidade de ser paradoxal e criativa.^^
Beijo grande em tu, companheira de blog!