segunda-feira, 6 de junho de 2011

A ousadia do dia doze...

Antes que eu comece meus devaneios acerca da temática midiática da semana, deixo-os sobreaviso: não pretendo abrir meu coração, nem muito menos, fechar o de ninguém. Embora eu confesse que eu sei bem que a cronologia das estações deixa qualquer cristão, no mínimo por um único segundo, absurdamente reflexivo acerca do dia dos namorados [seja por ter a certeza de que "antes só do que mal acompanhado" ou para ter a confirmação poética de que "é impossível ser feliz sozinho"], não me atrevi a falar muito de mim. Garanto, porém, que não há muito a ser falado, apenas preservado. Mas, enfim...

É, está chegando o dia dos namorados, e o que mais tenho visto nesses últimos dias nas ruas e nas redes sociais vai de um extremo a outro: desde absurdas declarações amorosas de quem não tem nem vergonha do ridículo e nem da inveja alheia, assim como frases escancaradas de solteirice voluntária daqueles que se dizem autosuficientes nas dosagens de amor. Presenciei um belo e inusitado pedido de casamento e escutei afirmações de que "é melhor passar o dia dos namorados sozinho do que o carnaval namorando". O que tem predominado? Não sei. Não medi a quilometragem e a dosagem das palavras proferidas e, particularmente, me acho muito suspeita para falar do que tem sido mais realístico... em matéira de amor, eu prefiro, literalmente, não escrever o que eu penso e, muito menos, o que eu sinto. Minhas emoções são inefáveis!! Já disse, o foco do que escrevo agora vai para além de mim e volta-se, portanto, a você. Se a carapuça servir, lógico! Dia 12 está aí, prestes a amanhecer!

Então, por isso, eu resolvi vim aqui dar um aviso antigo aos desavisados mais desatentos: desde os solteiros solitários aos amantes mais amados: o mundo, meus queridos, sofre por amor! É bastante paradoxal, mas é! E sofre muito, acreditem! Há quem culpe a banalização do sentimento procurado [há quem ame a todos os próximos] e, mais um forte paradoxo: há quem culpe mais ainda a falta de se encontrar o sentimento durante a procura. [Neste caso, quem procura, não acha.] É complicado, bastante complicado. Podem até reler essas minhas últimas frases... a ideia é estar confuso mesmo!!! Não consigo falar sobre o amor sendo objetivamente subjetiva e direta. Me perdoem.

Repito: o dia 12 está aí, prestes a amanhecer. E enquanto a maioria programa o seu anoitecer, como uma forma de provar a intensidade de suas emoções, me permitam lembrá-los de que o sentimento não se mede pelo número de parcelas de um presente no cartão de crédito. O amor não é caro. E não precisa ser... Ele nem sequer precisa ter uma cobrança acerca da eternidade! O prazo de validade dos relacionamentos pode apenas permanecer validado enquanto se imagina que o conjuge não tenha motivos reais para sair cantando empolgadíssimo por aí "eu tou solteiro e tou feliz". É, o importante é fazer o bem ao seu bem, diariamente. Baseando-me na continuação desse refrão: "tou sorrindo à toa", acho que cabe bem aqui uma dica minha pessoal [e universal] válida às conquistas sinceras, uma dica que tem uma dose de rima e necessidade: uma dosagem de humor no amor é essencial.

O riso pode ser leigamente considerado o ápice do nível de serotonina dos apaixonáveis: não pode, não? Em outras palavras, um sorriso é sempre encantador. Encantador... uma análise quase minuciosa da morfologia dessa palavra nos leva a ídeia do impacto que eu quero dela: um sorriso encanta a dor... que ousadia! Ah, a ousadia... Para todos, fica a dica. Lembrem-se que mesmo que não estejamos apaixonados, devemos ser sempre apaixonáveis. Resgatem sempre essa ousadia promovida pela mídia do dia 12, ainda vejo aí um lado positivo clichê não consumista: o amor é, ao mesmo tempo, gratuito e gratificante, desde que seja amor. É, pessoal, o dia doze está aí por vir, e não precisamos nos entristecer pelo status de relacionamente nosso não nos indicar nenhum matrimônio previsto e nem pensarmos em nos alugarmos de verdade em "campanhas facebookianas"... A pessoa certa não tem certificado. E é bom que não o tenha. Deixemos que esse mistério sobre as certezas nos deixe estar constantemente questionando tanto a desilusão que nos reprime como a "a fé que nos faz otimistas demais".
Eita, eu já tou aqui, citando, por fim, Roberto Carlos e o dia 12 está aí, ainda por vir...
Encha-se até [e depois de] lá com amor e vinho...e deixe a ousadia dessas doses do dia doze para mim, no caminho.




*o texto escrito não reflete, em sua totalidade, a realidade da minha opinião pessoal acerca do assunto abordado.

**Afinal, meu nome é Gabriela Calado Silva e eu sou ousadamente muito romântica demais.

3 comentários:

  1. E fala tao dificil demais tb né gabi? Esse texto tinha QUE SER TEU. Se não, não seria
    aahuauhauha dei uma de tu agora.

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  2. A única parte q nÃO me deixou confusa foi justamente o trecho tu disse: "Podem até reler essas minhas últimas frases... a ideia é estar confuso mesmo"
    hahaha...brincadeira!
    Adorei o texto! Na verdade gosto da tua habilidade de ser paradoxal e criativa.^^
    Beijo grande em tu, companheira de blog!

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